07/05/2024
No dia 26 de abril, a Embrapa, renomada instituição pública brasileira dedicada à pesquisa agropecuária, celebrou seu 51º aniversário com uma série de eventos marcantes na sede da empresa, em Brasília, DF. Sob o lema “Embrapa 50+, a revolução do futuro começa agora”, a comemoração reuniu especialistas, parceiros e o público em geral para discutir os rumos da agricultura nacional e global.
A solenidade de abertura, foi um momento de reflexão e comprometimento com os próximos 50 anos da instituição. Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o evento contou com discursos da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, que delineou uma estratégia para a empresa baseada em três pilares fundamentais: sustentabilidade ambiental, inclusão social e vanguarda científica.
Além da solenidade reservada a convidados e funcionários da empresa, o evento abriu suas portas ao público em geral, oferecendo uma exposição de tecnologias, palestras, mesas redondas, encontros com parceiros e exposição de painéis, todos alinhados com as principais tendências que hoje influenciam a agricultura mundial.
A programação abordou questões urgentes e emergentes, como a necessidade de tornar a agricultura mais sustentável e resiliente às mudanças climáticas, a importância da inclusão digital e socioprodutiva para impulsionar o desenvolvimento rural e a relevância da pesquisa científica na geração de soluções inovadoras para os desafios do setor agropecuário.
Nesse contexto desafiador, a Embrapa reiterou seu compromisso com a pesquisa de ponta, a colaboração com parceiros estratégicos e a disseminação de conhecimento para impulsionar a produtividade, a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável do Brasil e do mundo.
“A Embrapa atua na fronteira do conhecimento científico em pesquisa agropecuária, na vanguarda mundial. Nossos pesquisadores integram redes globais de excelência. Dominam técnicas de ponta em edição genômica, fenotipagem digital, biologia sintética, engenharia genética, bioinformática, inteligência artificial, machine learning, física e computação quântica, robótica, big data, internet das coisas, agricultura digital e de precisão. Se parecem distantes da nossa realidade, fato é que esses termos integram nossos experimentos em campo e laboratório. Mas nada disso é possível sem cérebros e ferramentas. O grande desafio de uma instituição como a Embrapa é se manter nessa posição, o que só é viável com financiamento robusto e constante. Recursos aplicados em pesquisa e inovação para o setor agroalimentar são investimentos que asseguram a produção sustentável de alimentos e energia. São uma garantia mínima para o enfrentamento à fome, para garantir a soberania nacional e assegurar a relevância do Brasil em um mundo cada vez mais competitivo”, escreveu Silvia Massruhá no Agro Estadão.
Quem é Silvia Massruhá?
A primeira presidente mulher da Embrapa, é uma pesquisadora sênior com doutorado em Computação Aplicada e Mestrado em Automação. Com vasta experiência, liderou a Embrapa Agricultura Digital e foi chefe de Pesquisa e Desenvolvimento. Além disso, participa ativamente de vários conselhos, incluindo o Conselho Diretor do Congresso Brasileiro de Agroinformática (SBIAGRO) e Instituto de Pesquisas Eldorado. Articuladora de projetos em Internet das Coisas (IoT) Rural, Inteligência Artificial e Tecnologia Agrícola (Agtechs), contribui para o desenvolvimento do ecossistema de inovação para Agricultura Digital no país.
“Eu nunca pensei em ser presidente. Sempre pensei em me capacitar para estar naquele cargo [que ocupava]. A oportunidade que eu tive de ser chefe da Embrapa Agricultura Digital (Campinas) abriu um espaço muito grande e foi habilitadora para que eu fosse selecionada para presidente. Fui fazendo meu trabalho e isso foi reconhecido pelos meus colegas, que ao longo da minha carreira estavam me observando”, falou Sílvia Massruhá a reportagem da Belgo Arames.
“Antigamente, as mulheres não tinham tantas oportunidades. Hoje em dia, elas se capacitam mais. Tive um estímulo muito grande dos meus pais. Meu pai dizia: ‘Se você quer estudar, vá estudar’. Então, eu batalhei muito para estudar, fazer concurso e entrar na Embrapa”, concluiu Sílvia.
Para ficar de olho: G20-MACS
A Embrapa sediará o Meeting of Agricultural Chief Scientists (G20-MACS) em Brasília, de 15 a 17 de maio, onde serão discutidas propostas para enfrentar desafios e explorar oportunidades na ciência agrícola tropical. Este encontro anual, que reúne líderes de pesquisa agrícola dos países do G20 – incluindo África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e a União Europeia -, visa contribuir para a construção de um futuro mais equitativo e sustentável alinhado com a agenda global.
O G20 é um fórum global representando aproximadamente 80% da economia mundial e dois terços da população global. Com a presidência brasileira em 2024, questões vitais como o enfrentamento da fome, da pobreza e da desigualdade, além de reformas na governança global, estarão em foco.
A liderança do Brasil no G20-MACS ressalta o compromisso do país em promover a segurança alimentar e a cooperação internacional em pesquisa agrícola. Com o suporte do Ministério da Agricultura e Pecuária e do Ministério das Relações Exteriores, a Embrapa desempenha um papel central na organização do evento, enfatizando a importância estratégica do Brasil no contexto global.
Links:
https://agro.estadao.com.br/ gente/os-desafios-da- embrapa-para-os-proximos-50-anos
https://www.embrapa.br/macs-g20
https://www.embrapa.br/ busca-de-noticias/-/noticia/ 88665204/embrapa-completa-51-anos
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