15/05/2024
A Fapesp está demonstrando seu compromisso com o avanço tecnológico ao investir R$ 60 milhões no Centro de Competência em Open RAN da Embrapii, em Campinas. Somado aos R$ 60 milhões do ano anterior, esse aporte chega a R$ 120 milhões, com perspectiva de alcançar R$ 126 milhões com contribuições de empresas parceiras. Esse investimento é parte de um pacote de R$ 75 milhões que também inclui apoio para terapias avançadas, refletindo o compromisso com o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
O financiamento marca um avanço significativo na pesquisa e inovação em telecomunicações no Brasil, concentrado no Centro de Competência em Open RAN gerido pelo CPQD, em Campinas. Promove avanços na infraestrutura de comunicação, alinhando-se com as crescentes demandas por conectividade avançada e eficiente. Além disso, ao buscar financiamento adicional de empresas associadas, o projeto fortalece parcerias público-privadas essenciais para impulsionar a inovação.
“É importante registrar esse avanço da Embrapii, nesses dois últimos anos, de incorporar uma nova modalidade de desenvolvimento tecnológico para a indústria, com um modelo mais proativo, em que, através desses Centros de Competência, a gente tem como desbravar as tecnologias de fronteira”, afirmou Chico Saboya, presidente da Embrapii.
O investimento da Fapesp não se limita à área de telecomunicações, mas também engloba apoio para terapias avançadas, demonstrando um compromisso amplo com o avanço científico e tecnológico. Tanto o Centro de Competência em Open RAN, em Campinas, quanto iniciativas em São Paulo são beneficiadas, criando um ambiente propício para soluções inovadoras. Esse investimento reflete o reconhecimento do potencial do Brasil no cenário global de pesquisa e inovação.
Em suma, o investimento estratégico da Fapesp e da Embrapii impulsiona o progresso tecnológico e científico do Brasil, estimulando a colaboração entre instituições acadêmicas, centros de pesquisa, empresas e governo. Esse apoio é fundamental para que o país se destaque cada vez mais na cena internacional de inovação e desenvolvimento.
Sobre os investimentos das instituições, Paulo Curado, diretor de Inovação e Empreendedorismo do CPQD, aponta: “Os recursos adicionais viabilizarão a execução de projetos complementares envolvendo tecnologia Open RAN, que serão submetidos à aprovação da FAPESP, e desenvolvidos de acordo com as modalidades de fomento dessa fundação”.
O OpenRan@Brasil
O OpenRAN@Brasil surge como um programa inovador do Ministério de Ciência, Tecnologia & Inovação (MCTI), com o objetivo claro de acelerar o desenvolvimento do ecossistema de redes abertas no país. Este projeto ambicioso visa não apenas impulsionar o 5G de forma segura e robusta, mas também democratizar seu acesso para diversos fins, desde educação até inovação. Coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em parceria com o CPQD, o OpenRAN@Brasil representa um passo significativo rumo ao futuro da conectividade no Brasil.
Dividido em três fases estratégicas, o programa já está em pleno andamento desde dezembro de 2021. A primeira fase, com duração de 36 meses, concentrou-se na pesquisa e desenvolvimento das partes essenciais da rede OpenRAN 5G, incluindo o controle inteligente de redes de acesso e sua orquestração. A segunda fase, aprovada em novembro de 2022, expandiu ainda mais o escopo, buscando inovação em componentes tecnológicos cruciais para a arquitetura OpenRAN.
Além de impulsionar o desenvolvimento tecnológico, o OpenRAN@Brasil tem como objetivo estimular a colaboração entre diversos atores da cadeia, desde a indústria até a academia e o governo. Ao promover modelos de desenvolvimento colaborativo e atender às demandas do mercado, especialmente dos prestadores de serviço e usuários de redes privadas, o programa está fortalecendo o ecossistema de inovação no Brasil.
Com uma equipe multidisciplinar dedicada à pesquisa, desenvolvimento e inovação, o programa está dando passos sólidos na criação de um ambiente propício para o surgimento de soluções avançadas em conectividade. Além disso, a iniciativa também visa implantar um ambiente de experimentação para explorar a capacidade da rede 5G em suportar aplicações avançadas, como aquelas que exigem baixa latência, alta confiabilidade e altas taxas de dados.
Em resumo, o OpenRAN@Brasil representa não apenas um marco no desenvolvimento tecnológico do país, mas também uma oportunidade única para promover a inovação colaborativa e democratizar o acesso à conectividade avançada. Com seu foco em pesquisa, desenvolvimento e colaboração, o programa está pavimentando o caminho para um futuro de possibilidades ilimitadas em termos de conectividade no Brasil.
“A intenção é permitir a combinação de soluções tecnológicas, independentemente do fornecedor, a partir de especificações abertas. Isso abrirá caminho para o surgimento de novas empresas no segmento e permitirá que as operadoras de redes utilizem soluções e componentes de fornecedores distintos”, afirmou Gustavo Corrêa Lima, gerente de Soluções de Conectividade do CPQD.
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