A Associação Comercial e Industrial de Campinas-ACIC foi fundada em 21 de novembro de 1920, à época nomeada Centro Comercial de Campinas. Nesse período, a recém criada Instituição era composta por cerca de 400 armazéns que trabalhavam com variedade de alimentos e outros produtos alimentícios derivados. A atuação inicial era fundamental para dar suporte ao estilo de vida da cidade, por exemplo com casas de especialidades, como loja de ferramentas, artigos para fazendas e chapelarias. No entanto, quando se observa de maneira retrospectiva para a história das Associações Comerciais no país, olha-se para a cidade de Salvador, em 1811, quando foi instituída a Associação Comercial Brasileira, e anos depois os Estados do Pará e Pernambuco que também fundaram suas organizações, com o intuito geral de ajudar a organizar as atividades comerciais de suas respectivas localidades. No Estado de São Paulo, a primeira entidade organizativa foi criada em Santos em 1870; e, posteriormente em 1884 foi fundada a Associação Comercial e Agrícola de São Paulo, sendo que até a década de 1930 ocorreu uma interiorização das associações, com mais de 13 unidades fundadas no interior.
A ACIC, em uma eficiente ação organizativa, dispõe da iniciativa de empresários para atender as necessidades nos serviços oferecidos pela entidade, e o trabalho em conjunto facilita a gestão das atividades propostas pelos vários setores que compõem as demandas de diferentes localidades. Ainda nesse sentido, as organizações comerciais vêm se demonstrando agentes ativos no processo de construção da história dos Municípios, participando de vários cenários significativos imbricados com os momentos políticos, econômicos e sociohistóricos.
Em Campinas a Instituição evoluiu em ritmo semelhante ao crescimento do Município, e atualmente se constitui em uma das maiores unidades no país, amparada pelo fato de que o Município se reveste de uma enorme importância para os cenários estadual e federal no que diz respeito aos centros de referência científico-tecnológica e em pesquisas de várias áreas, além da existência do parque industrial e da pujança cultural. Em termos quantitativos, é compreensível a importância da ACIC dado o levantamento feito por seu Departamento de Economia em setembro de 2020, que identificou 61.580 estabelecimentos existentes no Município, incluindo o setor de Comércio e Serviços, sendo que 38.930 são empreendimentos para serviços e 22.650 para varejo, aglutinando 87.875 empregos.
A Instituição mantém um caráter multissetorial em sua atuação, e se caracteriza pela capacidade de interrelacionar o Comércio, a Indústria, os setores de Serviços, dialogando com o Poder Público, de modo que a classe empreendedora se fortaleça e tenha as suas pautas consideradas. Desse modo, as áreas de Economia, Cultura, Ciência e Tecnologia e a capacidade da metrópole de Campinas se associam e têm se tornado agentes ativos de mudanças municipais, estaduais e federais, em especial pelas interfaces em suas ações. Tal articulação responde pelas parcerias frequentemente presentes entre a ACIC e outras entidades, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Nesse sentido, a estrutura presente na cidade de Campinas e a notável visibilidade que o Município tem demonstrado postam novos horizontes para o Comércio e Indústria. Isto tem acontecido pelo incentivo público e privado dos últimos anos, por exemplo, em 2019, a partir do Ministério da Economia e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações foi lançada a Câmara Brasileira da Indústria 4.0; ou ainda o fomento do Estado de São Paulo que privilegiou a Região Administrativa de Campinas com dez polos de desenvolvimento econômico dos doze polos contemplados com benefícios a diferentes setores industriais, como: Logística, Transporte e Armazenamento; Papel, Celulose e Reflorestamento; Têxtil, Vestuário e Acessórios; Alimentos e Bebidas; Químico, Borracha e Plástico; Higiene, Limpeza e Beleza; Automotivo; Metal-metalurgia, Máquinas e Equipamentos; Saúde e Farma; Derivados de Petróleo e Petroquímico.
Portanto, a ACIC tem se proposto a ser agente transformador ativo na sociedade, defendendo as necessidades do Comércio e da Indústria, cujos interesses estão cada vez mais associados a demandas globais de trabalho, seja pelo caráter técnico-científico; econômico-cultural, ou ainda os desafios que se apresentam no corrente século.
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