06/05/2024
O Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), instituído pelo Decreto n.º 11.856 em conjunto com a Política Nacional de Cibersegurança, tem como objetivo orientar a atividade de cibersegurança no Brasil. Composto por membros do governo e da sociedade civil, o CNCiber busca promover tecnologias nacionais para assegurar a integridade de dados eletrônicos, fortalecer a atuação no ciberespaço e combater crimes cibernéticos.
Além disso, propõe atualizações para a política nacional, avalia medidas de segurança e fomenta a cooperação internacional em cibersegurança. Os membros do comitê, titulares e suplentes, foram nomeados em fevereiro deste ano por meio de portaria do Gabinete de Segurança Institucional, para um mandato de três anos.
A cerimônia de instalação do Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), criado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, ocorreu em março, em Brasília, e contou com a presença do ministro do gabinete Marcos Antonio Amaro dos Santos.
A relação com o CPqD
Nesse evento, que marcou também a primeira reunião do comitê, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações-CPqD, foi reconhecido como um dos membros do CNCiber, sendo uma das três instituições científicas, tecnológicas e de inovação com representação no comitê.
Na primeira reunião, três Grupos de Trabalho Temáticos foram estabelecidos. O primeiro grupo, encarregado de atualizar a Estratégia Nacional de Cibersegurança (e-Ciber) e liderado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), conta com a participação de Sérgio Ribeiro, representante do CPqD. Ele atua na segurança cibernética do CPQD desde 2004 e foi indicado para o comitê, tendo como suplente a pesquisadora e consultora Ingrid Barbosa, também da área. Seus nomes foram enviados pelo CPQD em resposta a um edital do GSI para preencher três vagas de titulares e respectivos suplentes no CNCiber, representando instituições científicas, tecnológicas e de inovação ligadas à segurança cibernética.
Os critérios para a seleção dos representantes incluíram a publicação de artigos científicos e livros sobre cibersegurança e ciberdefesa, a participação como palestrante em eventos na área, a experiência profissional e a contribuição para o desenvolvimento de soluções tecnológicas ou processos inovadores em segurança cibernética.
Para o ministro, “O primeiro grupo de trabalho discutirá medidas destinadas a aprimorar nossa Estratégia Nacional de Cibersegurança, a e-Ciber, de 2020. A primeira geração da nossa estratégia careceu de uma política que a orientasse, estando já desalinhada com estratégias de outros países, que privilegiam aspectos mais operacionais e incluem indicadores adequados ao acompanhamento da evolução de cada país nessa temática”.
Sobre isso, o especialista do CPqD acrescenta: “É importante observar que o processo de revisão deve avaliar cuidadosamente não só os desafios atuais, mas também as tendências e ameaças emergentes no cenário cibernético global. Além disso, é preciso garantir que nossa estratégia seja flexível o suficiente para adaptar-se a mudanças rápidas e contínuas no ambiente digital”.
O segundo grupo de trabalho foca na elaboração de proposta para um órgão de governança da cibersegurança nacional e será coordenado pelo Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Por fim, o terceiro grupo aborda os parâmetros de atuação internacional do Brasil em segurança cibernética e será coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty). Cada GTT terá duração inicial de seis meses, podendo ser prorrogado
Quem é Sérgio Ribeiro?
Sérgio Ribeiro é especialista em segurança da informação com mais de 30 anos de experiência em Tecnologia da Informação, dedicando os últimos vinte à área. Ele trabalha como Especialista em Segurança da Informação no CPqD, sendo autor de artigos e coautor de livros sobre o tema. Possui várias patentes relacionadas à proteção de infraestrutura crítica, biometria e proteção de dados, além de bacharelado em Matemática Aplicada, pós-graduação em Sistemas de Informação e MBA em Gestão Empresarial. Tem certificações como CISSP e AMBCI, e suas especialidades incluem consultoria em segurança e identidade digital.
“O CNCiber é um espaço de diálogo multissetorial crucial para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias eficazes para a proteção do ciberespaço brasileiro. Suas competências incluem a proposta de atualizações para a Política Nacional de Cibersegurança, bem como para a Estratégia e o Plano Nacional de Cibersegurança. Estou convicto de que, juntos, construiremos uma segurança cibernética mais acessível, democrática e sustentável para o nosso país”, concluiu Sérgio.
Quem é Ingrid Barbosa?
Ingrid Barbosa é uma pesquisadora de destaque em Segurança e Privacidade no CPQD, especializada em identificação de vulnerabilidades e análise de riscos. Com certificação pelo (ISC)² e formação em Engenharia de Controle e Automação pelo Inatel, sua expertise abrange áreas como segurança da informação, tecnologia blockchain e redes móveis 4G/5G. Sua experiência internacional, incluindo uma bolsa de estudos na Alemanha, e sua contribuição em projetos de pesquisa e desenvolvimento, evidenciam sua relevância e impacto na área da segurança cibernética.
“O CNCiber tem a importante missão de orientar as políticas de segurança cibernética do país. Teremos muitos desafios, mas estou entusiasmada por contribuir para este avanço crucial na proteção digital do Brasil ao lado de profissionais e especialistas tão competentes.”, afirmou Ingrid.
Links:
https://www.gov.br/gsi/ pt-br/colegiados-do-gsi /comite-nacional-de-ciberseguranca-cnciber
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