17/12/2024

O CNPEM – Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, sediou em novembro um encontro em parceria com o MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o CERN – Centro Europeu de Pesquisa Nuclear. O objetivo principal do evento foi apresentar oportunidades de negócio com o CERN às empresas brasileiras, às agências de fomento e inovação. Neste ano o Brasil se tornou o primeiro país da América Latina a integrar a instituição europeia, o que possibilita o fornecimento de equipamentos de alta tecnologia, itens de consumo, e que tem como consequência o fortalecimento da cadeia de inovação brasileira.

O CERN foi fundado em 1954  e o seu laboratório fica na fronteira franco-suíça, próximo de Genebra. Sua principal área de pesquisa é a física de partículas. No site encontramos a missão da instituição: “No CERN, nosso trabalho ajuda a descobrir do que o universo é feito e como ele funciona. Fazemos isso fornecendo um gama única de instalações de aceleradores de partículas para pesquisadores, para avançar os limites do conhecimento humano”. Já a sua convenção declara: “Ciência para a paz: a organização não terá nenhuma preocupação com o trabalho para requisitos militares e os resultados de seu trabalho experimental e teórico serão publicados ou de outra forma disponibilizados ao público em geral”.

No acordo com o CNPEM, a utilização do Sirius auxiliará na pesquisa de materiais para o novo acelerador de partículas do CERN (Futuro Colisor Circular), com estrutura 4 vezes maior que o LHC atual (Large Hadron Collider). Entre os maiores feitos do CERN estão a invenção da World Wide Web (www), em 1989, a comprovação do bóson de Higgs  a” partícula de Deus” e pesquisas sobre a antimatéria. Foi somente a partir de 2010 que o CERN estendeu a possibilidade de países não-europeus se tornarem membros associados.

Prêmios, acordos e mais parcerias. No dia 10 de dezembro, na sede do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos), em Campinas, aconteceu o Prêmio “APTA Semeador do Futuro”. Na segunda edição do evento, promovido pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, foram premiados servidores do Ital, do IB (Instituto Biológico), do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), e instituições como a FAPESP (na categoria Destaque da Ciência e Tecnologia); e o Instituto Auá (na categoria Destaque da Produção). Os servidores premiados foram Gláucia Teresa Stigliano, Diretora do Centro de Atividade Administrativa do ITAL (premiada na categoria Apoio Operacional à Pesquisa); Regina Cristina Batista Ferreira (premiada na categoria Apoio Técnico à Pesquisa); Sérgio Augusto Morais Carbonell (premiado na categoria Pesquisador Científico) e Christiane Morais (na categoria Destaque do Agronegócio).

Instituto Eldorado e Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo, mantida pelo Governo do Estado e vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI). As instituições firmaram termo de cooperação técnica com o “objetivo de estabelecer uma mútua cooperação que visa a capacitação de estudantes, por meio de ações na frente denominada Rede de Parcerias da Iniciativa TIC em Trilhas. O projeto oferece capacitações em diversas áreas de tecnologia e amplia oportunidades para quem pretende ingressar nessa área promissora, realizar transição de carreira ou ampliar os conhecimentos nas principais tendências do setor”.

Para Roberto Soboll, Superintendente do Eldorado, “Nossa parceria com a Univesp é um canal importante para expandir e alcançar, de forma qualificada, ainda mais estudantes para esse projeto”. Já o Presidente da Univesp, professor Marcos Borges, “ a parceria garantirá que os estudantes possam fazer cursos modernos voltados às demandas e exigências do mercado”.

Na parceria o Instituto Eldorado disponibilizará 15 trilhas nas seguintes carreiras: Programação, Desenvolvimento Mobile, Design de Interação, Dados & Analiycts, IA, Desenvolvimento de Jogos, Cibersegurança, entre outras.

Ecossistema de Inovação. Em outubro, especialistas do CPQD participaram do 9º Congresso do Fórum Brasileiro de IoT – LABCIoT 2024, cujo tema foi “Aplicações de IoT na Vida Real”. Um dos painéis foi coordenado por Claudio Violato, Engenheiro Eletrônico, Ex-Presidente do FISC (Fundação Fórum Campinas Inovadora), que destacou a importância global dessa tecnologia e sua integração em diversos setores.

Na Prefeitura de Campinas o CPQD participou da segunda edição do evento “CLICK: O futuro que já está aqui”. Promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, teve painéis que discutiram temas como Conectividade, Sustentabilidade, IoT no Campo, Redes Privativas na Transformação Digital, Inteligência Artificial na Potencialização de Soluções IoT.

Durante o ano de 2024, o CPQD recebeu alunos de universidades da França, Alemanha e Estados Unidos, com o objetivo de conhecer o Complexo Laboratorial de Conectividade e o Núcleo de Evolução Tecnológica do CPQD. Já estudantes de Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações da UNESP (Universidade Estadual Paulista), visitaram os laboratórios do CPQD e conheceram seus programas de estágios.

Na PUC-Campinas, em novembro, aconteceu a 11º edição do MOTIV.SE “Mostra de Inovação da PUC-Campinas”. A mostra tem por objetivo fomentar o empreendedorismo e estimular a criação de negócios inovadores. O projeto é uma iniciativa do Programa Mescla da PUC, em colaboração com a aceleradora Venture Hub, e é aberto a toda comunidade universitária.

O evento reuniu 23 equipes e um total de 100 participantes. Nesta edição, o foco eram as soluções de saúde em parceria com a Unimed Campinas. A realização do evento também contou com mentores de todo o ecossistema de inovação da cidade. De acordo com o Reitor Germano Rigacci Júnior, “o evento procura dar oportunidades aos estudantes de todos os cursos que tenham ideias ligadas aos desafios propostos pelo patrocinadores envolvidos”. Já para o Gerente de Desenvolvimento de Sistemas da Unimed, Antônio Carlos Queiroz, que considerou a iniciativa de suma importância “nós conseguimos alavancar soluções para problemas que são reais. Acredito que é só o primeiro de muitos eventos que devemos organizar nessa parceria”.

No dia 10 de dezembro, cerca de 60 pesquisadores da Embrapa Agricultura Digital (Campinas) e Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna), participaram de um encontro virtual para discutir sobre o AgNest – ambiente de co-criação – que tem o objetivo de fortalecer o ecossistema de inovação e também promover o futuro da Agricultura Tropical. O projeto se destaca como um laboratório vivo (Farm Lab) para startups de tecnologia agrícola, com foco na sustentabilidade e no uso de ferramentas digitais alinhadas ao conhecimento científico.

Além das duas unidades, participaram do evento, representantes da Supervisão de Ecossistemas de Inovação da Diretoria de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, e as startups (Sensix, Gênica, B4A, GeoApis e Wyld) que estão operando no primeiro ciclo de safra da Agnest. Para Paula Packer, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente o Farm Lab combina co-criação e conhecimento disruptivo. O AgNest em sua inteiração com as startups pode atuar em 8 verticais temáticas que se integram dentro do ambiente de experimentação e testes: Inteligência Artificial, IoT (Internet das Coisas), Robótica e Automação, Softwares para suporte e tomada de decisão; Sistemas de produção sustentáveis; Bioinsumos; Sensoriamento remoto e Manejo integrado de pragas e doenças.

O AgNest integra o Corredor Paulista de Inovação Agropecuária, que abrange os municípios de Campinas, Jaguariúna, Piracicaba, São Carlos e Ribeirão Preto.