O Instituto Agronômico de Campinas–IAC foi criado na cidade de Campinas por Dom Pedro II como a Imperial Estação Agronômica, em 27 de junho de 1887. Desde o início, teve como missão desenvolver e transferir tecnologia por meio de pesquisas agronômicas básicas e avançadas, que hoje incentivam a inovação. À época de sua implantação, o objetivo principal era instrumentalizar a economia paulista, baseada na cafeicultura e, assim, enfrentar os problemas nessa e nas demais culturas existentes.
Em 1892, o IAC passou a integrar o Governo do Estado de São Paulo como órgão pioneiro da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Com a crise de 1929, que afetou fortemente a produção cafeeira, as equipes do IAC já vinham se debruçando sobre os estudos de outra cultura, o algodão, que salvou a economia paulista naquele momento. Foi dessa forma, e com o desenvolvimento de outras cultivares como trigo, arroz, mandioca e citros, que o Instituto se tornou o precursor da agricultura tropical brasileira. Não bastava trazer as espécies do exterior, era necessário adaptá-las para as condições de solo e clima do país.
Com 136 anos de atividade, a relevante contribuição do IAC para a agricultura brasileira se expressa pelo desenvolvimento de 1.154 cultivares de 110 espécies. Os Bancos de Germoplasmas (BAGs-IAC) – coleções de plantas vivas indispensáveis ao trabalho de melhoramento genético –, que são mantidos continuamente, transformaram e causaram impacto na agricultura paulista e nacional nas seguintes cadeias produtivas: café, cana, citros, algodão, feijão, arroz, milho, amendoim, sorgo, trigo, mandioca, batata, batata-doce, abacaxi, maracujá, uva, pêssego, seringueira, plantas ornamentais, hortaliças e outras.
Além dos cultivares, o IAC gera pacotes tecnológicos que vão do plantio à pós-colheita, incluindo estudos de solo e clima, pragas e doenças, segurança alimentar e eficiência na aplicação de agroquímicos contribuindo para elevar a produtividade das lavouras e a qualidade dos produtos, com redução de custo de produção e de impacto ambiental. No caso específico da citricultura, fizeram de São Paulo o maior e mais eficiente pomar do mundo: a cada dez copos de suco de laranja consumidos pela população mundial, cinco são de frutas paulistas.
A Sede do IAC se localiza no Bairro Guanabara, em Campinas, na Fazenda Santa Elisa, incorporada em 1898, que abriga, além do Centro Experimental Central-CEC, a maioria das unidades técnicas do Instituto, onde são desenvolvidas pesquisas em melhoramento genético, fitossanidade, fisiologia e fitotecnia de plantas agrícolas, climatologia agrícola, irrigação, recursos genéticos vegetais e manejo e conservação de solo, e o Sistema de Produção de Sementes de Cultivares IAC.
Além do CEC e da Sede em Campinas, o IAC possui áreas de pesquisa instaladas nos municípios de Cordeirópolis (Citros), Jundiaí (Frutas e Mecanização Agrícola), Ribeirão Preto (Cana-de-Açúcar), Votuporanga (Seringueira e Sistemas Agroflorestais), e mais os núcleos nas cidades de Mocóca (batata e outros cultivares), Capão Bonito, Itararé, Jaú e Tatuí, todos no Estado de São Paulo. O aperfeiçoamento das cultivares e dos sistemas de cultivo contribui para o trabalho do agricultor, que oferece ao consumidor brasileiro melhores produtos em diversas épocas ao ano, o que faz do trabalho científico do IAC uma coletânea de conquistas técnicas e sociais de efetivo desdobramento na vida cotidiana em diversos setores, como a fruticultura, a cafeicultura, a agroenergia, a viticultura, a floricultura tropical, a produção de grãos e fibras, a horticultura, os sistemas agroflorestais, a Fitotecnia e a nutrição de plantas, o estudo de solos e recursos ambientais, o controle do uso de agrotóxicos, na prestação de serviços laboratoriais e fitossanitários, na capacitação técnica e na formação de pesquisadores, e também na produção e difusão de conhecimento especializado na área agronômica.
Com tal amplitude e riqueza de patrimônio institucional, o IAC reúne Ciência, Tecnologia e Inovação, pilares mestres de sua atuação centenária, que interagem e criam pontes para o futuro, contribuindo com agricultores que geram emprego e renda, e respondendo a consumidores que demandam por produtos saudáveis, assim como por melhor qualidade de vida. Os resultados se refletem na agricultura, fazendo do Brasil uma liderança mundial na produção de alimentos.
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