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Instituições de C&T&I

IEA – Instituto de Economia Agrícola

Braço econômico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios-APTA/SAA, o IEA foi a primeira instituição a sistematizar os estudos sobre economia agrícola no Brasil.


IEA – Instituto de Economia Agrícola
IEA – Instituto de Economia Agrícola – Fachada
Foto: Divulgação

No final da década de 1930, o engenheiro agrônomo Ruy Miller Paiva, à época atuando no Instituto Agronômico de Campinas-IAC, viajou aos Estados Unidos com o objetivo de buscar soluções para a área de tecnologia de fibras do Instituto. Os conhecimentos adquiridos deram origem à Comissão de Estudos Rurais, precursora do Departamento de Produção Vegetal da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, que, em 1942 daria origem ao Instituto de Economia Agrícola-IEA, primeira Instituição de Pesquisa a sistematizar os estudos sobre economia agrícola no Brasil. A viagem aos Estados Unidos rendeu mais frutos: no ano de 1950, a Fundação Rockefeller fez uma doação de verba para a Secretaria, com o objetivo de ampliar as pesquisas sobre as moléstias das plantas realizadas naquele estabelecimento.

Em 2022, o IEA completou 80 anos desde a sua fundação e tem sido, historicamente, o “braço econômico” da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios–APTA da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo-SAA, cuja estrutura conta com outros importantes Centros de Pesquisa como o Instituto Agronômico de Campinas-IAC, o Instituto Biológico-IB, Instituto de Pesca -IP, o Instituto de Tecnologia de Alimentos-ITAL e Instituto de Zootecnia-IZ.

O IEA foi pioneiro  na sistematização dos estudos e pesquisas sobre economia agrícola no Brasil. Apesar das oito décadas completas, o Instituto possui antecedentes que remontam ao século XIX, quando foram criados alguns serviços para estimar safras e realizar a organização de estatísticas agrícolas e, posteriormente, instituído  o setor de estudos econômicos, durante a reestruturação da Secretaria de Agricultura, Viação e Obras Públicas.

Nesse sentido, o Instituto possui a tradição de pesquisa, análise e divulgação de dados estratégicos em âmbito informacional, referentes às necessidades do setor da Agricultura em consonância com a sociedade civil. Assim, tem buscado se aprimorar, promovendo o refinamento das pesquisas desenvolvidas,  da gestão pública e da formação científica. O processo de remodelação do IEA tem acontecido nos últimos anos através da implementação de alguns Centros, com diferentes incumbências técnicas, administrativas e de pesquisa, em especial, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Estudos Econômicos dos Agronegócios e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Informações Estatísticas dos Agronegócios. Merecem destaque também o Centro de Comunicação e Transferência do Conhecimento e  o Centro de Administração da Pesquisa e Desenvolvimento.

Dessa maneira o Instituto vem desenvolvendo as suas áreas de atuação fundamentando-se nas necessidades sociais, agrícolas e regionais encaminhadas pelas vias institucionais e organizadas da sociedade civil, de modo a integrar a sensibilidade e as competências formativas do seu corpo de pesquisadores  a tais necessidades, tendo em vista o aprimoramento das práticas e atividades-fim desenvolvidas, em prol da sustentabilidade socioambiental na agricultura, na região de atuação, na economia e na sociedade.

Fundamentado nesses princípios, o IEA tem contribuído em diversos setores da agricultura, das pesquisas em tecnologia agrícola, bem como das metodologias de análises comerciais desenvolvidas para os setores econômicos do agronegócio. Exemplos disso podem ser verificados pela participação do Instituto na formulação do Programa de Microbacias Hidrográficas em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral-CATI, na construção e no aprimoramento do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista-Feap,; nas discussões e na elaboração do Protocolo Agroambiental com o setor sucroalcooleiro como responsável por sua gestão na Secretaria de Agricultura e Abastecimento-SAA, dentre outras importantes contribuições, participações e parcerias.

Ainda no sentido dos aprimoramentos realizados ao longo dos anos, o Instituto foi importante para que uma política do agronegócio fosse desenvolvida para o Estado de São Paulo. Estendeu-se também ao desenvolvimento de uma Política Pública florestal e ambiental, fundamental no atual momento global de emergência e responsabilidade climática. Contribuiu, igualmente, para a participação brasileira nas discussões da 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima-COP 21, onde os bons resultados alcançados pelo IEA e outros Institutos conferiram ao Brasil uma melhoria da sua imagem no cenário internacional, e de maneira prática, pelo anúncio feito de um aumento de 5% da cobertura florestal no Estado de São Paulo.

Perante as contribuições e o histórico do IEA, observa-se seu desenvolveu múltiplo, atento à sociedade civil organizada e suas vias institucionais, destinado a desenvolver formas de atender as demandas da Agricultura no país, tanto técnicas quanto comerciais, através das análises socio-econômico-ambientais e estatísticas, tendo como um dos objetivos a coerência na proposição de Políticas Públicas. O refino científico também é pilar observável nas pesquisas e nos projetos desenvolvidos, nas publicações especializadas e no desenvolvimento computacional para a Agricultura regional e local.

O IEA segue buscando aprimorar, adaptar e compartilhar conhecimentos científicos, e, assim, tornar-se um dos centros de referência em Economia aplicada à Agricultura no país consoante às necessidades da agricultura, da economia através da produção e análises de informações importantes para melhor competitividade na agricultura e outros setores  da produção, e mediante o compromisso com a sustentabilidade socioambiental, legado inquestionável assumido pela Instituição.

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