Interdependência, Ciência, Tecnologis e Inovação e a Região de Campinas
Instituições de C&T&I

IP – Instituto de Pesca

Tradição em pesquisa e a busca constante por soluções inovadoras para a cadeia do pescado.


Instituto de Pesca - Imagem aérea
Instituto de Pesca – Imagem aérea
Foto: Divulgação

O Instituto de Pesca (IP) foi fundado em abril de 1969, como Instituição de Pesquisa em Ciência e Tecnologia, voltada para os ramos de Pesca, Aquicultura e Recursos Hídricos, integrado a outros órgãos governamentais aglutinados na Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio-APTA. Dessa maneira, o IP tem buscado construir e desenvolver sólidos projetos nas áreas supracitadas, de modo a integrar o desenvolvimento com a responsabilidade socioambiental para aprimorar a atuação do agronegócio do pescado.

O IP cria diversas e diferentes tecnologias, promove eventos, cursos e oferece serviços especializados a produtores, como análise da qualidade da água, monitoramento de empreendimentos aquáticos, consultorias, e projetos de responsabilidade socioambiental com foco nos recursos aquáticos. Gera, adapta e difunde conhecimentos científicos e tecnológicos na área de pesca, visando o uso racional dos recursos aquáticos vivos e a melhoria da qualidade de vida. Possui um programa de Pós-Graduação para a formação de pesquisadores, bem como o oferecimento de cursos e bolsas de iniciação científica.

A história do que mais tarde viria a ser o Instituto de Pesca, inicia-se em Santos, SP, no ano de 1731. No local havia o Forte Augusto, cujo objetivo em conjunto com a Fortaleza da Barra Grande era a proteção contra a incursão de embarcações hostis pelo canal de acesso à Vila de Santos. Posteriormente, em 1908, o local abrigou a Escola de Aprendizes-Marinheiros de São Paulo, Instituição federal que funcionou até 1931. Outros órgãos vieram na sequência: o Laboratório de Biologia Animal aplicada à Agricultura do IAC, a Seção de Caça e Pesca da Diretoria de Indústria Animal, o Instituto de Pesca Marítima e a Divisão de Proteção e Produção de Peixes e Animais Silvestres.

O Instituto, como se conhece hoje, foi instituído pelo Decreto Estadual nº 51.6500/69, quando a Divisão de Proteção e Produção de Peixes e Animais Silvestres foi estruturada como Instituto de Pesca, vinculando-se à Coordenadoria da Pesquisa de Recursos Naturais-CPRN subordinada à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, através da qual se deu a ampliação e o refinamento elevado dos trabalhos com aquicultura e pesca.  Entre 1928 e 2021, o Instituto de Pesca teve sua sede no Parque da Água Branca na capital paulista.

Gradualmente, a Instituição foi recebendo complementações, outras competências técnicas, institucionais e científicas, tornando-se referência na sua área de atuação. O IP foi pioneiro como órgão de pesquisa do país, com contribuições voltadas ao estudo dos ecossistemas aquáticos e da biologia de organismos marinhos e continentais, também cooperando com as atividades do pescado por meio de orientação, refino de técnicas e formação de mão de obra especializada.

Desde 1998, o Estado de São Paulo tem o Programa de Monitoramento da Atividade Pesqueira Marinha e Estuarina (PMAP-SP). De forma ininterrupta desde 1944, o IP realiza a coleta e divulgação de dados pesqueiros em mais de 200 locais, nos quinze municípios da costa paulista. Esse importante trabalho dá visibilidade ao setor e auxilia no suporte de Políticas Públicas, fazendo do Estado de São Paulo o único a contar com essa série histórica de dados.

A partir de 2002, em decorrência da reorganização da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios-APTA, o Instituto de Pesca obtém uma organização técnica e científica de ponta, contando hoje com quatro Centros de Pesquisa e 11 Laboratórios: o Centro de Pesquisa de Aquicultura e o Centro de Pesquisa de Recursos Hídricos e Pesqueiros na capital, o Centro de Pesquisa do Pescado Continental em São José do Rio Preto e o Centro de Pesquisa do Pescado Marinho em Santos. Conta ainda com o Museu da Pesca, localizado em Santos, a sede administrativa no bairro de Vila Mariana e realiza a curadoria do Aquário do Parque da Água Branca – (o primeiro aquário do estado, criado em 1930 -, na cidade de São Paulo. Ainda ligado ao IP, tem-se o Centro para Desenvolvimento em Sanidade na Psicultura, um projeto em parceria com o Instituto de Zootecnia-IZ, o Instituto de Tecnologia de Alimentos-ITAL e o Instituto Biológico-IB, com recursos da FAPESP e do setor privado.

Em Santos, a sede da antiga Escola de Aprendizes-Marinheiros abriga o Museu da Pesca, que atrai 50 mil visitantes por ano e se constitui em importante equipamento cultural e de divulgação científica mantido pelo IP, onde são expostas diversas espécies de peixes, crustáceos, aves e mamíferos marinhos, acervo de conchas, “areias”, maquetes de embarcações, aparelhos e equipamentos utilizados na pesca e nas pesquisas oceanográficas. Uma das principais atrações é um esqueleto da baleia de espécie Balaenoptera physalus, com 23 metros de comprimento e sete toneladas

A estrutura científica do IP é composta por várias áreas: biologia pesqueira e análise de populações; tecnologia de cultivo de peixes, crustáceos, moluscos; biotecnologia animal; gerenciamento de pesca; entre outras atividades do pescado. Tradicionalmente, o Instituto demonstra uma relação importante entre a pesca, a aquicultura e os setores produtivos, tríade que tem propiciado benefícios de caráter científico e econômico, contribuindo para a melhoria social e da qualidade de vida das populações envolvidas. A cooperação entre as três partes tem sido fundamental para incrementar o fornecimento de recursos, com qualidade e responsabilidade socioambiental.

Saiba mais:

Website do Instituto de Pesca

Histórico - website oficial

 

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Patrocínio

BOSCH

Realização

Fundação Fórum Campinas

 

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